O Museu de Arte Popular é uma das obras emblemáticas do Estado Novo, criado a partir da reformulação do pavilhão da “Secção da Vida Popular”, da Exposição do Mundo Português, de 1940. Um projeto da autoria dos arquitetos António Reis Camelo e João Simões, o Museu foi um dos resultados do programa de António Ferro, diretor do Secretariado de Propaganda Nacional. A conjugação do estilo modernista com a estética mais tradicional, em conjunto com o acervo de composições murais, alusivas às regiões do país, levou a que fosse classificado como Monumento de Interesse Público em 2012. Entre a equipa de “decoradores pintores” do edifício contam-se Carlos Botelho, Eduardo Anahory, Estrela Faria, Manuel Lapa ou Paulo Ferreira. A coleção conta com objetos de cerâmica, ourivesaria popular, instrumentos musicais, cestaria, têxteis, trajes e bordados.
Em 2006, a coleção foi transferida para o Museu Nacional de Etnologia, mas mantém-se o edifício, com os seus murais, disponível para visitas.